
A Polícia Civil de São Paulo deflagrou, nesta quinta-feira (3/7), a segunda fase da Operação Nix, que investiga um grupo criminoso responsável por promover violência contra pessoas em situação de ruas e animais em abandonados, por meio de plataformas digitais.
A investigação teve início em novembro do ano passado, com a criação do Núcleo de Observação e Análise Digital (Noad) voltado especialmente para apurar crimes digitais. Entre os investigados está um menor de idade que reside na França é apontado como um dos principais financiadores dos ataques, desembolsando recursos do próprio bolso para custear as ações criminosas organizadas em servidores fechados do aplicativo de comunicação Discord.
“São ações extremamente absurdas que, muitas das vezes, os pais não têm ideia que o filho é o idealizador dessa violência, manipulando as vítimas a realizarem os ataques, ou o filho é a própria vítima”, diz a delegada e coordenadora do núcleo, Lisandréa Salvariego.
Ela alerta para a necessidade de investigações contínuas da Operação Nix, devido a transnacionalidade do crime tanto em relação aos autores como às vítimas.
A investigação dura cerca de oito meses e deve ter novas fases. Segundo os agentes do Noad, conhecidos como “observadores digitais”, o grupo se reorganiza constantemente em subgrupos – ou “panelas” – dentro da rede social, o que exige acompanhamento contínuo das autoridades.
*Estagiário sob supervisão de Rafaela Gonçalves
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