REVIEW

"The Alters" explora dilemas e gestão em uma jornada existencial

Versões alternativas de si mesmo revelam conflitos internos profundos em uma experiência que combina narrativa filosófica e estratégia emocional

Em The Alters, cada clone reflete escolhas não tomadas, gerando dilemas de identidade e gestão em ritmo cuidadosamente planejado -  (crédito: 11 Bit Studios/Divulgação)
Em The Alters, cada clone reflete escolhas não tomadas, gerando dilemas de identidade e gestão em ritmo cuidadosamente planejado - (crédito: 11 Bit Studios/Divulgação)

E se cada escolha sua criasse um novo “eu” para lutar pela sua sobrevivência? "The Alters", lançado nesta sexta-feira (13/6) para PS5, Xbox Series e PC, coloca o jogador na pele de Jan Dolski. Ele emerge de uma cápsula e se depara com seus companheiros mortos, iniciando uma jornada em que cada decisão molda versões alternativas de si mesmo.

 

Contexto

Desenvolvido pela 11 bit studios, o título combina sobrevivência e construção de base em um scifi filosófico. Jan Dolski desperta em um planeta hostil e precisa coletar metais e rapidium. Com esses materiais, ele cria Molly, um clone de ovelha, para validar o elemento. Por meio de uma ligação, uma voz misteriosa esclarece que Jan deve deixar o planeta antes do nascer do sol.

Narrativa

The Alters oferece uma experiência única de gestão e reflexão existencial.

The Alters coloca o jogador na pele de Jan Dolski.

11 Bit Studios/Divulgação
 A história explora identidade e decisões não tomadas. Cada alter traz traços únicos de carreira, relacionamentos e traumas. Apesar das diferenças, todos compartilham as mesmas raízes de infância. Esse embate interno reflete dilemas muito pertinentes no mercado de trabalho, onde liderar exige equilíbrio entre perfis variados. A ambientação claustrofóbica e a sensação de solidão reforçam o peso emocional.

Mecânicas, ritmo e integração

 

The Alters oferece uma experiência única de gestão e reflexão existencial.

Cada alter traz traços únicos de carreira, relacionamentos e traumas.

11 Bit Studios/Divulgação

O jogador gerencia clones e base em ciclos diários. Fora da nave, coleta-se metais, rapidium, dentre outros materiais. Dentro, constrói-se módulos e administrasse energia. A fadiga depende do horário: até 20h o personagem explora livre, depois volta à nave. O sono forçado reduz produtividade do dia seguinte. Essa dinâmica remete a prazos de projetos corporativos, onde o tempo é recurso crucial.

Visual e som

 

The Alters oferece uma experiência única de gestão e reflexão existencial.

The Alters oferece uma experiência única de gestão e reflexão existencial.

11 Bit Studios/Divulgação

A direção de arte é polida e intuitiva. A interface facilita o acompanhamento de objetivos e status dos alters. Os cenários têm escala suficiente para exploração sem dispersar o jogador. A trilha sonora e os efeitos ressaltam a tensão do planeta. Não foram identificados bugs ou falhas nos primeiros momentos.

 

Pontos fortes e fracos

Pontos fortes

  • Narrativa filosófica e emocional: explora dilemas de identidade de forma profunda
  • Mecânica de clones inovadora: criação e gestão dos alters oferecem dinâmica única
  • Interface clara: mantém ritmo e foco na exploração e gestão
  • Atmosfera imersiva: visual e áudio reforçam a experiência existencial

Pontos fracos

  • Ciclo de gameplay repetitivo: o gerenciamento diário pode se tornar monótono
  • Diálogos padronizados: interações entre alters às vezes soam previsíveis
  • Integração narrativa/jogabilidade: ação e história nem sempre se fundem de forma fluida

Para quem é "The Alters"?

Recomendado a fãs de ficção científica reflexiva e estratégia leve. Ideal para quem aprecia jogos como "Frostpunk" e "Disco Elysium". Menos indicado a jogadores que buscam ação frenética ou ritmo ininterrupto.

Vale a pena jogar?

The Alters oferece uma experiência única de gestão e reflexão existencial.

Desenvolvido pela 11 bit studios, o título combina sobrevivência e construção de base em um sci-fi filosófico.

11 Bit Studios/Divulgação

"The Alters" oferece uma experiência única de gestão e reflexão existencial. Apesar de algumas repetições no ciclo de gameplay, seu valor narrativo compensa cada minuto investido. Fãs de ficção científica filosófica, entusiastas de estratégia e jogadores que apreciam dilemas de liderança vão se sentir em casa aqui, mas o convite se estende a todos. Qualquer pessoa pode se surpreender com as escolhas, as ramificações e a profundidade emocional de um dos títulos mais ousados de 2025.

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*Esta análise foi realizada com base em uma cópia para PS5 fornecida pela 11 bit studios ao jornal Estado de Minas.

 

 

 

  • Em The Alters, cada clone reflete escolhas não tomadas, gerando dilemas de identidade e gestão em ritmo cuidadosamente planejado.
    Em The Alters, cada clone reflete escolhas não tomadas, gerando dilemas de identidade e gestão em ritmo cuidadosamente planejado. Foto: Divulgação/11 bit studio
  • The Alters coloca o jogador na pele de Jan Dolski.
    The Alters coloca o jogador na pele de Jan Dolski. Foto: 11 Bit Studios/Divulgação
  • Cada alter traz traços únicos de carreira, relacionamentos e traumas.
    Cada alter traz traços únicos de carreira, relacionamentos e traumas. Foto: 11 Bit Studios/Divulgação
  • The Alters oferece uma experiência única de gestão e reflexão existencial.
    The Alters oferece uma experiência única de gestão e reflexão existencial. Foto: 11 Bit Studios/Divulgação
  • Desenvolvido pela 11 bit studios, o título combina sobrevivência e construção de base em um sci?fi filosófico.
    Desenvolvido pela 11 bit studios, o título combina sobrevivência e construção de base em um sci?fi filosófico. Foto: 11 Bit Studios/Divulgação
LL
postado em 16/06/2025 09:17 / atualizado em 16/06/2025 09:26
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