FRANÇA

Lula é homenageado na Academia Francesa, em Paris

Durante a homenagem, o significado de "multilateralismo" foi analisado no dicionário. A conotação dessa palavra, inclusive, foi tema do discurso do petista após reunião com Macron

"Vocês homenagearam um cidadão brasileiro que não é acadêmico. Eu só tenho um diploma primário e um curso técnico. O restante eu aprendi na vida, para sobreviver", disse Lula ao agradecer honraria - (crédito: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi homenageado, nesta quinta-feira (5/6), pela Academia Francesa, a mais antiga instituição literária da França, fundada em 1635. Essa distinção o tornou o segundo brasileiro a receber essa homenagem, após Dom Pedro II, que a obteve a honraria em 1872. O petista é o 20º chefe de Estado estrangeiro a ser agraciado com essa honra desde a criação da organização.

Realizada no Palais de l'Institut de France, a sessão na Academia Francesa ocorreu a portas fechadas. Em um comunicado, a Academia Francesa enfatizou que o convite a Lula reforça a importância que a instituição atribui às relações culturais franco-brasileiras e à riqueza desse intercâmbio, especialmente no contexto da temporada cultural França-Brasil de 2025.

Durante a homenagem, a palavra "multilateralismo" foi analisada no dicionário. "Eu queria dizer aos membros da Academia Francesa que vocês homenagearam um cidadão brasileiro que não é acadêmico. Eu só tenho um diploma primário e um curso técnico. O restante eu aprendi na vida, para sobreviver. Queria dizer para vocês que eu estou muito orgulhoso em ser o segundo brasileiro a ser homenageado nesta Academia e poder contribuir para a inclusão da palavra multilateralismo no dicionário da Academia Francesa", afirmou o presidente, em publicação no Instagram.

Multilateralismo 

Além da leitura do significado de "multilateralismo", a conotação dessa palavra foi tema do discurso de Lula, na manhã desta quinta, após a reunião com o presidente da França, Emmanuel Macron. Para o chefe do Executivo, Brasil e França precisam estar cada vez mais juntos para defender "três coisas sagradas": a democracia, o multilateralismo e o livre comércio.

"Não é possível destruir coisas que foram construídas com muita força depois da Segunda Guerra Mundial e tentar o protecionismo e o unilateralismo. É impressionante o crescimento do negacionismo e do radicalismo da extrema-direita, que não reconhece as instituições e a verdade, e estão ganhando espaço no mundo inteiro", disse.

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postado em 05/06/2025 16:42 / atualizado em 05/06/2025 16:47
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