Caso Zambelli

CCJ da Câmara notifica Zambelli e inicia processo de cassação de mandato

Deputada foi condenada pelo STF e está foragida na Itália; defesa terá cinco sessões para se manifestar após publicação oficial

Parlamentar foi condenada no STF por falsidade ideológica e invasão de dispositivo informático, ambos com agravantes previstos no Código Penal -  (crédito:  Edilson Rodrigues/Agencia Senado)
Parlamentar foi condenada no STF por falsidade ideológica e invasão de dispositivo informático, ambos com agravantes previstos no Código Penal - (crédito: Edilson Rodrigues/Agencia Senado)

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), atualmente licenciada do cargo e foragida na Itália há cerca de 10 dias, foi notificada oficialmente pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados. A notificação faz parte dos trâmites da Representação nº 2, de 2025, apresentada pela Mesa Diretora da Câmara após a condenação definitiva da parlamentar pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O aviso foi enviado ontem (17/6) ao e-mail institucional de Zambelli, por determinação do presidente da CCJC, deputado Paulo Azi (União Brasil-BA). Desde o envio, ela tem 72 horas para confirmar o recebimento da comunicação.

Até agora, no entanto, não houve resposta. Se o prazo vencer sem retorno, a notificação será publicada no Diário Oficial da União. A partir dessa publicação, começará a contar o prazo regimental de cinco sessões para que a deputada apresente sua defesa.

Próximos passos

O processo de cassação ainda passará por etapas importantes. Embora a decisão final sobre a perda de mandato cabe ao plenário da Câmara — e dependa do voto da maioria absoluta dos deputados —, é a CCJC que elabora o parecer técnico que servirá de base para essa votação.

A representação contra Zambelli tem como fundamento a decisão da Primeira Turma do STF, que no último dia 6 de junho concluiu o julgamento da Ação Penal 2428. Na ocasião, a deputada foi condenada por falsidade ideológica e invasão de dispositivo informático, ambos com agravantes previstos no Código Penal.

A condenação, já transitada em julgado, agora tem repercussões também no campo político.
Na CCJC, o deputado Diego Garcia (Republicanos-PR) foi nomeado relator do caso. Ele deve se reunir com o presidente da comissão na próxima sessão para discutir os prazos e definir a data da leitura do parecer.

Internamente, já se fala que a tramitação pode levar mais tempo do que o habitual, já que, nas próximas semanas, o ritmo da Câmara tende a diminuir.

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postado em 18/06/2025 12:24 / atualizado em 18/06/2025 12:24
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